Você já deve ter ouvido falar algo como “Quanto maior a escada, maior o tombo“. Ao longo da minha carreira acompanhei ascensões meteóricas de executivos brilhantes que chegaram à posição de alta liderança. Essas pessoas não chegaram a este lugar por acaso e eram pessoas altamente capacitadas tecnicamente, com articulação suficiente para alcançarem essa posição.
É comum que nestas posições a pessoa adquira a arrogância da visão limitada da organização e passe a enxergar somente ponto de vista da sua cadeira e acreditando fortemente que seu ponto de vista é o correto, caindo na armadilha da arrogância de posição, fazendo com que o ego cegue-a, perdendo a humildade. Esse distanciamento da realidade operacional da empresa, combinado com a crença de que sua trajetória de sucesso é resultado apenas de sua própria genialidade, pode levar a decisões desconectadas do time, dos clientes e do mercado. É nesse momento que o líder, antes admirado, começa a se tornar temido ou ignorado.
O ego se manifesta de diversas formas: na resistência a feedbacks, na dificuldade de admitir erros, na falta de escuta ativa e na desconexão com a equipe. E a consequência disso é inevitável: a solidão da liderança, a perda do engajamento do time e, em casos mais extremos, a queda da posição conquistada com tanto esforço.
O verdadeiro líder entende que a humildade não é sinônimo de fraqueza, mas sim de inteligência emocional e maturidade. Estar disposto a ouvir, aprender e se adaptar é o que diferencia os grandes líderes daqueles que se perdem no próprio reflexo.
Afinal, liderança não é sobre mandar, mas sobre inspirar. E para inspirar, é preciso ter empatia, visão ampla e a consciência de que ninguém constrói uma carreira de sucesso sozinho.
Créditos de imagem: Escalada Corporativa
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