DEUS SERIA DEMITIDO SE FOSSE UM GESTOR DE FUNDOS
E se Deus fosse um gestor de ações, com capacidade de saber exatamente quais ações teriam o melhor retorno daqui 5 anos, você o contrataria?
A resposta é que você até poderia contratá-lo, mas certamente o demitiria.
A Alpha Architect conduziu um exercício interessante:
Poderia um investidor onipotente (Deus) poderia criar uma estratégia de investimento que fosse tão boa que ele nunca poderia ser demitido?
Pra isso, pegou as 500 maiores ações da NYSE e calculou o retorno acumulado nos 5 anos A FRENTE para segurar pelo período.
Por exemplo: para o dia 01/01/1927, calcularam quais ações tiveram o melhor retorno nos próximos 5 anos.
Então simulam ter comprado em 01/01/1927 papéis que estiveram no decil superior de performance no período, ou seja, ele saberia antecipadamente quais seriam os melhores papeis dos 5 anos à frente
No final dos 5 anos, repita o processo escolhendo novas ações.
Repita até 2016.O resultado: pegando o retorno anualizado das ações que compuseram o decil superior ao longo do tempo, o portfolio “de Deus onisciente” tem um CAGR de 29% a.a comparado aos 10% a.a. do S&P e os -15% a.a. do decil inferior.
Nada mal.
Mas agora olhe o drawdown (tamanho da queda) desse portfólio:
76% na crise de 29, 41% na crise de 2008.
Tem que ter estômago, mas talvez pudesse ser demitido antes disso: em pelo menos 5 oportunidades no período teria um drawdown de mais de 30%.
O suficiente para ser mandado embora do seu cargo.A conclusão?
Que a frase atribuída a Keynes faz sentido: o mercado pode permanecer irracional por mais tempo que você pode se manter solvente.
Para chegar na linha de chegada dos altos retornos, tem que passar pelos vales dos grandes drawdowns.
Ou que, ainda, que investidor PF tem
uma vantagem operacional contra investidor institucional: durante grandes quedas do mercado, ser dono do dinheiro investido (e ter estômago) faz toda a diferença.
https://lnkd.in/dVaeK6p6